Sessões de comunicação/trabalhos aprovados
Poderão propor apresentação de comunicação estudantes da graduação ou pós-graduação de qualquer área do conhecimento e de Instituição de ensino superior, pesquisadorxs e profissionais de instituições públicas, privadas, filantrópicas ou não-governamentais. As propostas deverão ser resultados parciais ou finais de trabalhos de pesquisa, extensão ou intervenção ou relatos de experiências desenvolvidos em um dos eixos temáticos abaixo. As propostas de comunicação deverão ser anexadas no ato da inscrição no site da Fadenor. No próprio resumo enviado, abaixo do texto, deverá constar a sessão de comunicação em que deseja inscrever seu trabalho (caso a sessão já esteja cheia, ou a comissão organizadora julgue necessário, o trabalho poderá ser remanejado para uma outra sessão que possua tema afim).
Cada pessoa poderá submeter até 2 trabalhos como autor(a), já para a co-autoria não há limites quanto a quantidade de trabalhos submetidos. É obrigatória a presença pelo menos do(a) autor(a) para apresentação no dia do evento, entretanto, o co-autor deve se inscrever no evento para que o resumo seja publicado com o seu nome.
Acesse o link abaixo para conferir as Normas para Submissão das Propostas:
https://efeitosdegenero.wixsite.com/sege/inscricoes
OBS: Caso x participante precise da carta de aceite individual, entrar em contato pelo e-mail efeitosdegenero@gmail.com para que possamos enviar.
1. Gênero, Educação e Decolonialidade
Mediadorxs: Leonara Delfino e Tatiana Castro
Local: Sala 112 (CCSA)
Ementa: A proposta desta Sessão de Trabalho consiste em abrir espaço para a apresentação de pesquisas que reflitam sobre os questionamentos e as fissuras das epistemologias hegemônicas e dos lugares de privilégio na produção do conhecimento. A emergência dos estudos subalternos e das epistemologias do Sul permitiu a abertura de reflexões que consideram o “gênero como categoria decolonial”, principalmente quando o conceito de interseccionalidade (uso de demarcadores como raça, cor, condição social, etc.) é levado em conta no processo de mediação das chamadas relações intragênero. Nesse sentido, a problematização do sujeito ocidental (homem/branco/hétero/cisgênero) nos discursos imperialistas europeus é um ponto fundamental para o diálogo entre a crítica feminista e os estudos pós-coloniais. Nessa proposta interessa-nos discutir sobre a atuação dos feminismos sulbaternos (o feminismo negro, latino-americano ou feminismos do Sul) e suas contribuições para o descentramento epistemológico e viabilização de práticas emancipatórias na construção dos saberes escolares e não escolares. Com efeito, esta sessão busca acolher trabalhos científicos que discutam sobre a escolarização dos corpos; os silenciamento e tabus sobre as aprendizagens de gênero nas escolas; as disputas curriculares e os enfrentamentos para a inserção da pedagogia de gênero nas políticas públicas educacionais; as práticas emancipatórias dentro e fora do âmbito institucional de ensino e, por fim, a pedagogia decolonial como campo do saber contra-hegemônico atrelada aos marcadores sociais da diferença e à produção das subjetividades e identidades de gênero.
2. Gênero e História
Mediadorxs: Ana Paula Jardim, Carolina Acypreste e Maria Clara de Oliveira
Local:Sala 205 (CCSA)
Ementa: Para Derrida, citado por Joan Scott em artigo no livro Apologia da História, "a história que se pode escrever dos estudos sobre as mulheres pertence também ao movimento; não é uma metalinguagem, e irá atuar, tanto como um momento conservador quanto como um momento subversivo... não há uma interpretação teoricamente neutra da história dos estudos sobre as mulheres. A história terá aí um papel atuante". Nesse sentido, as mulheres participaram ativamente da construção da história, apesar de, durante anos, sofrerem com tentativas de apagamento. Falar em história sem ressaltar o papel desempenhado pelas mulheres nesta, é cometer um grande equívoco historiográfico, é ocultar parte importante das suas fontes. Assim, essa sessão de comunicação tem como objetivo resgatar o papel desempenhado pela mulher ao longo da história, suas contribuições para a historiografia, bem como sua "reinserção" na história após a militância de movimentos feministas pelo resgate ao seu legado, e como os estudos de gênero têm contribuído para a re-significação do seu papel na sociedade, discutindo também as abordagens historiográficas acerca do conceito "gênero", as alterações deste conceito ao longo da história, seu impacto e pertinência para cada época, as mudanças que a criação do conceito desencadearam no ensino e pesquisa em história, a história em si e como ela se relaciona com os estudos de gênero, como as personagens femininas são abordadas pela historiografia, seu apagamento x valorização, dentre outros.
3. Gênero, Literatura e Mídias
Mediadorxs: Renata Maia e Gustavo Ramos
Local: Sala PPGH
Ementa: A História, como campo de conhecimento e disciplina, vem dando vazão a diversas possibilidades de estudos e pesquisas, a diferentes referenciais teórico-metodológicos e a diferentes sujeitos históricos. Essa postura tem desconstruído a sua dimensão universal, tornando-a mais flexível e poética, e mostrando que do mesmo modo como as fontes ficcionais contêm plausibilidade histórica, também os acontecimentos históricos possuem, na sua dinâmica, a força do imaginário. Pensando nisso, a sessão de comunicação Gênero, literatura e mídias abre espaço para a apresentação de estudos e pesquisas que articulem as teorias de gênero, a teoria queer e a epistemologia feminista aos registros audiovisuais, como o cinema, a fotografia e a música, bem como a literatura e tantos outros que utilizem o discurso, a representação social, o imaginário, o lúdico, o real e o não-real como instâncias para a produção de sentidos e conhecimento.
4. Gênero, Violência e Direitos Humanos
Mediadorxs: Simone Corrêa
Local: Sala 206 (CCSA)
Ementa:
5. Gênero, Trabalho e Cuidados
Mediadorxs: Jorgetânea Ferreira e Maria Daluz
Local: Sala 316 (CCSA)
Ementa: Essa Sessão de Comunicação busca reunir pesquisas que abordem o tema do trabalho das mulheres, seja o trabalho formal realizado nos espaços fora do domicílio, seja o trabalho doméstico remunerado ou não remunerado realizado em âmbito doméstico. E tempos de profundas modificações nas relações de trabalho, de precarização e recuo nas políticas garantidoras de direitos é preciso observar como essas mudanças impactam de forma mais intensa a vida das mulheres. Apesar dos avanços nas conquistas de direitos ao longo do século XX, é preciso reconhecer que há um sistema de dominação que procura conservar as mulheres em locais específicos. Neste sentido consideramos importante refletir sobre trabalho e cuidados, que ainda está muito vinculado a figura feminina. Quando há retração nas políticas públicas pesa ainda mais sobre as mulheres o cuidado, muitas vezes exclusivo, com as pessoas adoecidas, idosas, pessoas com deficiência, crianças, etc. Se cuidar é essencial do humano, dividir essa tarefa torna-se fundamental para a garantia de uma qualidade de vida para todas as pessoas, evitando a sobrecarga e o adoecimento das pessoas cuidadoras. Importa ainda refletir sobre as profissões ligadas ao cuidado e as questões de gênero envolvidas.
6. Gênero e Saúde
Mediadorxs: Daliana Antônio e Sibylle Campos
Local: Sala 320 (CCSA)
Ementa: A felicidade, a liberdade e a saúde sintetizam reivindicações dos séculos XVIII, XIX e XX respectivamente. Ao dar tal destaque a estas noções, Courtine sugere que o século XXI representará a reivindicação do direito à vida. Este grupo de trabalho pretende dialogar sobre pesquisas, relatos de experiência e investigações diversas nos estudos de gênero/sexualidades e interseccionalidades decorrentes, ou seja, àqueles que pretendem apresentar as implicações de classe, cor/etnia/raça, gênero e sexualidade sobre a área da saúde. Diferentes perspectivas sobre os corpos e as subjetividades vão inferir nos sentidos dados à saúde. O que é saudável? O que é vida? Todas as vidas são vivíveis? Quais são os sentidos e consequências de procedimentos cirúrgicos na vida de mulheres e homens? Como é pensada a saúde de transplantadas/os, pessoas que vivem com câncer, transexuais e transgêneros, atletas, gordas/os, negras/os, lésbicas/os? Já é bem sabida a potencialidade das intervenções tecnológicas sobre o corpo, tais como a vacina e demais medicamentos. Há também controvérsias sobre os procedimentos como a cirurgia cesariana e seus sentidos sobre o ser feminino e até sobre a humanidade. As experiências têm chamado a atenção para a complexidade que se traduziu na noção de corporeidade e suas implicações na vida das pessoas. As intervenções podem ser curativas, tais como transplantes e extração de partes do corpo e podem contribuir para eliminar dores e sofrimentos e mudam completamente a vida cotidiana da pessoa. Há uma demanda por transplantes, extração de partes do corpo, próteses, adornos, tatuagens, práticas corporais como o fisiculturismo ou ainda as cirurgias de redesignação sexual. Como diz Pedro Paulo Pereira, no caso de corpos das travestis, há formulações, performances e reconstruções corporais que permitem afirmar que as vivências contribuem para as reflexões sobre as representações e os reconhecimentos de diferentes corpos. Afinal, as subjetividades e as análises das condições humanas disponíveis, particularmente de acesso à saúde, nas sociedades contemporâneas são imprescindíveis para a vida e para o “viver juntos”.
7. Feminismos e práticas de resistências
Mediadorxs: Marcela Evangelista e Cláudia Maia
Local: Auditório CCSA
Ementa: A luta das mulheres por direitos e contra a submissão encontrou um dos seus expoentes mais importantes no movimento feminista que, composto por diversas fases e em meio a avanços e retrocessos, auxiliou na transformação das relações de gênero. Além das denominadas “ondas”, o movimento tornou-se plural, assumindo vertentes, reivindicações e práticas de resistência distintas. Assim, temos como proposta para esta sessão de comunicação um encontro interseccional entre pesquisadoras dos mais variados feminismos: negro, radical, marxista, ecofeminismo, transfeminismo e tantos outros que ajudam a ampliar e enriquecer, coletivamente, os debates acerca das formas de enfrentamento e suas interconexões com as relações de poder.
8. Práticas de ensino e experiências de gênero
Mediadorxs: Mônica Amorim
Local: Sala 213 (CCSA)
Ementa: Práticas de ensino e experiências de gênero
Ementa: Esta sessão de comunicação se propõe a abrigar trabalhos que objetivam socializar e discutir concepções, propostas, projetos e experiências de ensino-aprendizagem e de formação de professor@s que envolvam a temática gênero. A proposição desse espaço de discussão se fundamenta no reconhecimento da importância da educação, de modo especial a educação escolar, na construção de identidades de gênero, bem como na necessidade de problematizar a escolarização dos corpos e sua relação com a produção de desigualdades de gênero.
9. Oralidades, gênero e história pública
Mediadorxs: Marta Rovai e Andrea Paula dos Santos
Local: Auditório CCH
Ementa: a sessão de comunicação tem como proposta debater a história oral, os estudos de gênero e à organização de políticas públicas voltadas às mulheres. Desta forma, pretende-se proporcionar um contato teórico, no cruzamento do trabalho com a história oral e gênero, e proporcionar a troca de ideias e experiências de pesquisas com narrativas envolvendo mulheres heteros e LGBTs. O grupo abordará experiências com entrevistas orais de grupos considerados vulneráveis e os efeitos sociais e políticos do conhecimento produzido, em ações de História Pública e políticas públicas. Para estimular o debate e a compreensão em torno de conceitos e procedimentos de pesquisa e comunicação serão socializados exemplos de trabalhos com comunidades de mulheres, tendo por referência a agenda de questões e propostas elaborada por movimentos e entidades feministas e por movimentos de mulheres nas últimas décadas no Brasil.